Havia um broquel que mo guardava
De bosquejar meu ímpeto errante
E tornar-me caixeiro viajante
Condoído de todos por onde passava
Havia aquele escudo
Aquela armadura
Que despi ao enfrentar a vida
E primei pela antilogia do escuro
E ingeri muita datura
E quis seguir numa só ida
Uma vez que prisões já não as tinha
Que me libertara de mim
Foi aí que pressenti o que vinha
Aquele gosto de epílogo do fim:
Tudo até agora apenas epígrafe
E uma vida inteira de sofá
Televisão e geladeira pela frente