Começo esse poema hoje
Há poucas radiações de carbono do amanhã
Oscila um tic e preteriza tudo
Afirma um tac e antecipa os rumos
O meridiano da mudança
A fronteira do futuro
Dentro do meu quarto – ri de mim
Hoje e amanhã
Versos livres aprisionados num tic-tac
A linha da mudança de data
Faz-se antípoda do futuro
Retorno ao meu estado de ontem
E acabo o poema também hoje