a prisão dos pixels
o eterno calor das horas pares
“me dá a mão para o gozo?”
assutado,
maculei a miragem no horizonte
“afaga o centro da passagem,
essa abertura à liberdade interna
mesmo que ardente”
como água fluindo em dedos
rios mãos
mares braços
avassalando os pixels
“morre na minha imagem…”
more no meu horizonte,
as vistas se perdem no meu horizonte
“treme, eu sussurro”
apaguei as flâmulas de fora
entrando como água até as entranhas
“digital, a sua árvore da vida vinha
deleitando minhas raízes”
espera, amor das horas ímpares,
não há frio vindouro
meu horizonte é prisional
e eu todo água
à brasa dessas horas infernais