logo mais haverá cores, sei
cada travessia do sol, cicla – re
e quando ele sair do ar da balança pendulária
e adentrar as águas do inferno,
profundo lamaçal de esfregar bicos
de seios e fazer unguentos,
o céu vai clarear pelas manhãs
em pequenos caleidoscópios fractais
dourados nas gotas dos dias,
feixe de raiar corpos
por enquanto, como a lua, como o céu,
eu cresço e minguo e eclipso,
como cá estou cinza – s
pronto a rebrotar desde as águas
até ser lenha para a fogueira
que há de arder bem no fim dessa
travessia pelo firmamento
mais uma vez